O problema de Artie era amar demais. Ele amava todo dia, a toda hora, uma sucessão de paixões. Artie amava incondicionalmente as mulheres, não havia um padrão lógico, apenas o óbvio: "é mulher? Então posso vir a me apaixonar". Loira, morena, ruiva, gorda, magra, alta, baixa, velha, jovem, não importava... Artie é submisso a elas, um olhar e pronto: apaixonado!Mas Artie também tem outro problema: é casado!
Depois de descobrir a terceira amante de Artie, Lucy dá um basta. Não aguenta mais sofrer, não aguenta tanta humilhação e finalmente vai embora de casa. Em busca de conforto ela se joga de cabeça na empresa de auditoria da qual é sócia e viaja, viaja muito. É necessário esquecer Artie.
Seis meses se passam e Lucy recebe uma ligação de sua mãe: Artie está morrendo e ela precisa retornar para casa. Afinal, ela ainda é a esposa. Lucy não está preparada para rever Artie, não Artie que lhe escrevia cartões enumerando as razões para amá-la, não o Artie que lhe enviava flores todos os dias, não seu Artie, safado, mentiroso e adúltero! Não, ela realmente não estava preparada.
Mas infelizmente o médico disse que ele iria morrer, era questão de tempos. Lucy precisava voltar, cuidar dele, preparar o funeral, testamento... Até que ela pensa: ah, que se dane, se enquanto ele tinha saúde eu tinha que dividir ele com as outras, na doença elas terão que suportar ele também!
Assim começa a sucessão de ligações para as "queridinhas" dele. Uma a uma passou a visitá-lo, num esquema fortemente montado. Tinha a que ainda o amava, a que o odiava, a que devia a ele a vida, tinha uma família com a qual ele teve caso tanto com a mãe quanto com a filha... e tinha uma com a qual ele teve um filho...
Através das queridinhas, Lucy teve a chance de conhecer vários Artie, várias facetas da vida dele que ela não sabia existir. E com algumas, queridinhas, bem com essas ela pode dizer que formou uma família. As queridinhas do meu marido, Bridget Asher (Amarilys, 270 pág.) é um livro encantador que nos mostra que a traição pode acontecer em qualquer relacionamento, podem ser por vários e diferentes motivos, e pode ser, também, que simplesmente não tenha um motivo lógico, apenas podemos amar demais e diferentes pessoas. Nem tudo na vida é feito em linha reta, tem as lombadas, com as quais todos nós estamos sujeitos, afinal ninguém é perfeito. E esta é a graça da vida, pois "somos feitos das histórias que contamos... e das que não contamos", também. Recomendo.
Resumo:
Irreverente, perspicaz e emocionante, As queridinhas do meu marido conta a história de Lucy, seu marido Artie e as "queridinhas” dele. Às voltas com a morte iminente do marido enfermo, Lucy, uma mulher que vê o mundo com olhos animados e nem um pouco sentimentais, consegue encontrar uma forma de apaziguar seu coração partido e o de todos aqueles ao seu redor, chegando até a construir — ainda que de modo um tanto relutante — uma espécie de família com essas outras mulheres. Se elas estavam junto dele na saúde, porque não estar na doença? Bridget Asher se utiliza de inteligência, certa dose de ironia e uma compreensão compassiva do que é ser humano para fazer deste romance uma leitura mais do que prazerosa.
Hummm
ResponderExcluirPensarei se lerei ou não...
Coisa doida, a mulher é muito corajosa, para aceitar essa salada toda.
ResponderExcluirBjos
Oi, Nat!
ResponderExcluircorajosa essa mulher, heim! Mas será que ela não sofreu mais ainda com essa história...
bjs
ual, que livro chocante!
ResponderExcluirTá super anotado.
Beijoss
Naty,
ResponderExcluirEu vou ler com certeza. Se o meu marido inventar uma "queridinha" eu já vou saber como funciona. Socorro !
Beijos
Luka.
Legal a sinopse desse livro.
ResponderExcluirParece ser interessante!
Beijos
Naty,
ResponderExcluirFiquei bastante surpresa com sua resenha.
Engraçado como um livro bem escrito mesmo que vá contra os nosso padrões consegue nos conquistar.
Adorei sua resenha...
Bjos,
Jê
O livro parece ser bem diferente! E a Lucy é muito corajosa em reunir as outras mulheres! Mais uma vez, tua resenha está ótima, Naty.
ResponderExcluirBjos.