“Existia uma velha piada sobre as cidades pequenas:
uma cidade é pequena quando você não precisa ligar a seta do carro,
porque o motorista de trás já sabe para onde você vai.”
Pag. 82
uma cidade é pequena quando você não precisa ligar a seta do carro,
porque o motorista de trás já sabe para onde você vai.”
Pag. 82
Em A Sombra da Lua, de John Sandford (Arqueiro, 272 páginas, R$ 24,90), temos o investigador Departamento de Detenção Criminal de Minnesota, Virgil Flowers, acostumado a resolver casos difíceis, investigando um caso que abalou a pacata cidade de Bluesten, onde um casal de idosos foi morto de uma forma brutal, algo nunca visto antes naquela cidade. E como se não bastasse, no dia em que chega a cidade, Virgil se depara com outra morte, desta vez provocada por um incêndio, e a vítima simplesmente é a pessoa mais mal quista da cidade, Bil Judd, acusado de ter dado um golpe e levando à falência diversas pessoas da cidade anos atrás, sua morte até que cairia bem para algumas pessoas, e o que parece ser um incêndio acidental, pode se revelar mais um assassinato, e teria isto alguma relação às mortes anteriores?
A cidade toda quer saber quem é o assassino, e num lugar onde todos sabem de tudo, Virgil vai tentar descobrir se há alguma relação entre as mortes e quem seria este capaz de driblar uma cidade inteira e se manter invisível. No entanto a história não para por aí, como se não bastasse, um terceiro assassinato acontece, deixando desta vez a cidade toda em alerta. Querendo uma solução, agora Virgil tem que correr atrás, descobrir quem é o verdadeiro responsável por estas mortes e se elas possuem alguma relação, mas há um problema, como poderá Virgil resolver este caso num lugar onde até as paredes têm ouvidos e todos sabem de tudo inclusive aquele a quem caça?!
Se Virgil estava tendo uma manhã ruim, não era nada comparado com a de Roman Schmidt. O assassino enfiou uma estaca bifurcada no quintal e pressionou grosseiramente a forquilha por trás das orelhas do ex-xerife. Era o bastante para manter o cadáver sem olhos em pé.
Pág.88
O livro flui de forma normal e tranquila, no entanto senti que faltou algo mais para ele me prender mais na leitura, a história em si é boa, mas senti que o autor poderia explorar certos pontos melhor, como as partes em que temos o ponto de vista do assassino, ao ler as ações dele e os passos que dava em direção a sua vítima criava um suspense maior, no entanto são poucas as vezes em que estes pontos aparecem. Fora isto, o livro em si é bom, em alguns momentos te envolve, garantindo algumas doses de ação, sem falar nos momentos em que o Virgil resolve relaxar “pegando a irmã do xerife”.
Pra quem curte um gênero policial, recomendo dar uma olhada.
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JULIANA BITTENCOURT