Nesse livro, conheceremos a história de Meg, ela é a irmã mais velha da família Murry. Meg nasceu em uma família muito peculiar, ela tem dois irmãos gêmeos e o caçula da família, Charles, que diga-se de passagem é uma criança muito especial, que apesar da tenra idade que tem, é dono de uma inteligência fora do natural faz dele uma pessoa estranha para os demais.
Seus pais são cientistas brilhantes, mas, apesar dessa boa influência, Meg vem tendo dificuldade na escola, seu jeito impulsivo e independente de ser, está lhe causando alguns problemas, todavia, isso nem sempre foi desse jeito, Meg começou a mudar, quando seu pai desapareceu sem deixar rastros, quando fazia um estudo científico.
Meg, Charles e Calvin, um garoto também dotado de uma inteligência fora do comum e uma perspicácia digna de destaque, embarcam nessa aventura de “resgate”, com três senhoras peculiares, que serão o ponto chave dessa descoberta - Sra. Quequeé, Sra Quem e Sra. Qual.
Uma Dobra no Tempo é um livro de ficção científica e aventura, que traz uma bonita mensagem acerca do amor familiar e da união entre os mesmos. Essa é um livro infanto-juvenil, que fugiu muito do que eu normalmente leio, mas que me mostrou, que as vezes, as melhores histórias estão onde menos esperávamos. Eu tenho uma ressalva para fazer, mas, não foi nada que diminuísse o impacto que essa leitura teve sobre mim.
O único ponto que me incomodou nesse livro foi a falta de detalhes, eu não sei se foi algo planejado pela autora, para que ela possa desenvolver nos próximos livros, ou se foi algo que aconteceu sem que houvesse um pensamento a respeito, mas, eu sente falta de algumas explicações, principalmente a respeito dos fatos científicos e do niverso que estava sendo apresentado para o leitor.
Todavia, em contrapartida, temos os fatores que me fizeram amar esse livro, que foi em especial os personagens e a mensagem que essa obra traz sobre a família. Meg foi uma personagem que ganhou meu coração, ela é forte e determinada – na maior parte do tempo – e apesar de algumas de suas atitudes terem me dado nos nervos, eu entendo suas motivações e medos, e por isso, foi impossível não gostar dela.
Charles foi o meu amorzinho, eu confesso que fiquei muito surpreendida com sua personalidade. Ele é muito inteligente e demostrou ser uma criança muito meiga, eu confesso, que me incomodei um pouco no começo, pois, eu não consigo ver uma criança tão nova, fazendo reflexões a respeito da vida, no entanto, no decorrer da trama, eu fui aceitando e me encantado cada vez mais com ele.
Calvin foi o único personagem sobre o qual eu não consigo tomar um posicionamento, ele é muito leal a Meg – leia-se apaixonado – e seu senso de proteção com ela foi fofo, eu adorei sua interação com os demais membros da família Murry, já que ele mesmo tem diversos problemas familiares, mas, ainda assim, não sei quais são os meus sentimentos sobre ele, talvez no segundo livro isso fiquei mais claro. Houveram outros personagens que ganharam bastante destaque, com a Sra. Quequeé, Sra Quem e Sra. Qual, todavia, eu não me ariscarei definir, o que não pode ser definido.
Na parte física, a obra está impecável. Essa capa é linda e o título está em alto relevo, as folhas são amareladas, com letras confortáveis. A narrativa é feita em terceira pessoa, um ponto que foi bastante incomodo para mim, foi a repetição do nome Charles Wallace. Porque não poderia ser apenas Charles?
No contexto geral, Uma Dobra no Tempo é um livro que tem personagens cativantes e que traz de maneira bem sucinta, uma bonita mensagem sobre o amor familiar. Aqui no Brasil já foram lançados três livros da série: Uma Dobra no Tempo, Um Vento à Porta, Um Planeta em seu Giro Veloz. Ainda falta: Muitas Águas (lançamento para Agosto) e Um Tempo Aceitável.