- Não me importo com relevância. Me importo com a família. Há coisas que você faz por pessoas que fizeram isso por você.
- E há coisas que você faz por si mesmo.
Olá pessoas!! Tudo bem com vocês?
A resenha de hoje é do livro Os Imortalistas (HarperCollins Brasil, 2018, 320 p.) da autora Chloe Benjamin.
O livro conta a história dos irmãos Gold, que em uma tarde de tédio no ano de 1969, resolveram visitar uma vidente que estava na cidade e que era conhecida por adivinhar o dia da sua morte. Movidos pela curiosidade, Daniel, Varya, Klara e Simon batem à porta da vidente.
A vidente atende um a um separadamente e tal acontecimento mudará suas vidas para sempre e definirá os seus destinos. São quatro irmãos completamente diferentes um do outro. Por isso, cada um recebe a profecia de forma diferente. Varya e Daniel são os que menos ficam afetados e acreditam ser brincadeira. Já Klara e Simon, os mais novos, pensam que pode ser verdade.
Como este foi um assunto proibido por eles durante muito tempo, nenhum sabia a “data de morte” do outro, mas conforme a leitura vai avançando é perceptível como isso é presente na vida deles, indiretamente.
Alguns mágicos dizem que a mágica despedaça nossa visão de mundo. Mas eu acho que a mágica é o que mantém o mundo inteiro. É matéria escura; é a cola da realidade, a argamassa que preenche os buracos entre tudo que sabemos ser verdade. E é preciso mágica para revelar quão inadequada a realidade é.
O tempo passa e os Irmãos Gold seguem com as suas vidas, Daniel e Varya decidem estudar em uma universidade. Klara está convicta da sua vocação que é ser mágica. E Simon, bem, Simon não sabe exatamente quem ele é e precisa se descobrir.
Após a morte do patriarca da família, Simon decide que é hora de partir para São Francisco e Klara, a mais aventureira dos irmãos, sente que este é o momento perfeito para que eles corram atrás daquilo que eles tanto querem, seja o que for. Para Simon isso significa o amor e a liberdade de ser quem ele sempre soube que é. Para Klara, a oportunidade de colocar em prática todo o aprendizado com mágicas. Mas nem tudo são flores.
Sempre, é assim: a família que a criou e a família que ela criou, puxando-a em direções opostas.
Esse é um romance que nos faz refletir muito sobre a vida e sobre as nossas escolhas. Além de conversar sobre questões importantes como diferenças culturais, sobre descoberta da AIDS na década de 80 e como isso foi devastador para muitos que perderam familiares para esta doença e como o preconceito perante o assunto era exacerbado e muito excludente.
É uma leitura necessária, apesar de achar que alguns ganchos ficaram soltos, mas nada que torne o livro menos interessante e totalmente atual. Nunca tinha lido nada da Chloe Benjamim e me surpreendi. Assim como a edição da HarperCollins em capa dura, que deixou o ar mais nostálgico e importante.
Espero que tenham gostado da resenha, um beijo enorme pra vocês e até a próxima!
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O custo da solidão é alto, ela sabe, mas o custo da perda é maior.
É uma leitura necessária, apesar de achar que alguns ganchos ficaram soltos, mas nada que torne o livro menos interessante e totalmente atual. Nunca tinha lido nada da Chloe Benjamim e me surpreendi. Assim como a edição da HarperCollins em capa dura, que deixou o ar mais nostálgico e importante.
Espero que tenham gostado da resenha, um beijo enorme pra vocês e até a próxima!