Olá pessoas!! Tudo bem com vocês?
Eu sei, tem um tempo que eu não apareço por aqui, não é mesmo?! As coisas ficaram estranhas, ainda estão confusas, mas estamos aqui tentando passar por esse momento com o máximo de leveza possível, através da leitura.
Este mês faz um ano que Feitos de Sol foi lançado e eu estou há um tempo pensando em como escrever essa resenha. Esse livro me tocou demais. É uma história linda, todos os detalhes devidamente pensados, rica em referências.
Estamos falando de um enredo pautado no ano 1999, quando estavam todos pensando apenas no “bug do milênio”, só quem viveu nessa época sabe, todos acreditavam que o mundo iria acabar no dia 31 de Dezembro, uma loucura... E ali, no meio dessa ideologia do distópico ou talvez apocalíptica (a depender do que sua família acreditava) conhecemos Cícero e Vicente.
Dois jovens de 15 anos até então desconhecidos, se encontram em busca de algo em comum: a última edição da revista Under Hero. Porém, eles são pegos de surpresa ao ver que a Taverna do Dragão, única loja que vendia a revista na cidade estava fechada.
A partir desse momento eles se aproximam e iniciam uma aventura onde descobrem que, apesar das vivências completamente diferentes, eles tem tem coisas em comum e uma bonita amizade começa a surgir. A aproximação faz com que eles façam descobertas interessantes sobre o que sentem um pelo outro. E que pode ser mais que amizade.
Ao longo da história conhecemos mais sobre cada um. Cícero é filho único de uma mãe solo, enquanto Vicente é filho único de uma família evangélica super conservadora.
Feitos de Sol apesar de ser um livro para um público mais jovem, ele aborda temas extremamente importantes como homofobia, conservadorismo religioso, relações familiares tóxicas, a importância do reconhecimento da própria sexualidade.
Esse último ponto é muito importante e que ao meu ver torna o livro extremamente necessário para o público adolescente. Pois, é uma fase em que muitos tem essa consciência, mas não encontram representatividade e acabam suprimindo seus sentimentos. Ver o Cícero e o Vicente tão novos e tão maduros sobre o que estavam sentindo um pelo outro, em uma época em que ainda não era tão liberal quanto hoje, foi o que tornou a história incrivelmente linda e emocionante.
Vini tem um jeito especial e único de envolver o leitor com a história que está contando. Esse livro tem um quê de pessoal, ao meu ver é o mais íntimo de todos os que ele já publicou. Como se ele tivesse escrito o livro que quisesse ter lido quando mais novo.
Eu não estava preparada para o que encontrei em Feitos de Sol, repito, não estava!!! E olha que o fato de eu ter tido o prazer de ler a primeira versão da história, de já ter me emocionado com ela, não me preparou para o que o Vini entregou na versão oficial. Eu fui envolvida pela história tal qual Ícaro foi atraído pelo Sol.
Enfim, espero que tenham gostado da resenha. Um beijo enorme e até a próxima!!