Olá Pessoas!! Tudo bem com vocês?
Começo dizendo que já tenho o primeiro livro favoritadíssimo do ano.
Quando eu recebi a prova antecipada de O Impulso (Editora Paralela, 2021, 326 p.), li a sinopse e não sabia exatamente o que esperar. Confesso que só me empolguei quando vi um highlight da Kristin Hannah rasgando elogios e eu pensei: se a minha autora favorita gostou e eu amo os livros dela, certeza que eu vou gostar também.
E não deu outra, logo no primeiro dia de leitura eu li 1/4, não conseguia largar e me concentrar em outra coisa. Este é um livro sobre maternidade, mas não sobre as delícias da maternidade. Nada aqui é ilusório ou romantizado. Temos uma mãe, que teve uma mãe que não nasceu para isso, que também teve uma mãe que não nasceu para isso, mas que queria ser diferente dessa linhagem torta.
Mas a maternidade não saiu como o esperado para Blythe, talvez ela tenha criado expectativas demais. Ela não conseguia criar conexão com a filha, Violet. Mas ela criara conexão com o pai. Ela lindo de ver a relação que os dois tinham, era como se Blythe não fizesse parte daquele recorte familiar.
A filha foi crescendo e deixando muito claro o quanto odiava a mãe. Sim, uma criança conseguia dizer coisas cruéis para a própria mãe com o intuito de machucar. Violet tinha a perversidade em si. Mas o jogo virou quando Sam nasceu, Blythe conheceu a ligação entre mãe e filho que tanto falavam e que ela se esforçara por anos para ter com a filha.
Tudo estava na sua perfeita ordem até que um terrível acidente acontece e muda as dinâmicas de relacionamento dessa família. Eu não consigo imaginar o que é para uma mãe perder um filho. Que dor ela deve sentir e nunca passar. Não é o tipo de coisa que você se acostuma, é o seu filho. Gerou ele por 9 meses, seu corpo se transformou para acomodar essa nova pessoa.
E diante das circunstâncias, Blythe viu seu mudo cair. Mas ela precisava se manter de pé, tinha uma outra criança que dependia dela também, do seu amor, do seu zelo. Não foi fácil, o casamento parecia não ser mais suficiente, faltava alguma coisa. Faltava uma criança ali.
O Impulso é o tipo de livro que você lê para finalmente entender que não se deve julgar uma mãe, sob nenhuma circunstância. Não sabemos o quanto ela sofre, o que ela passa em casa, quais são as suas questões internas, o que ela abdicou na vida para maternar. Todos dizem que mulheres tem instinto materno natural... Uma grande mentira!
E esse livro é a prova disso, quando conhecemos as histórias de Etta, Cecilia e Blythe. Passagens de tempo diferentes, mas se conectam pela falta de compreensão. Até agora eu penso sobre tudo o que li, minha cabeça fica a ponto de explodir, é uma sensação que não dá pra explicar, só lendo para saber o que é. O final, por mais que a gente pensasse a respeito dele durante a leitura, nada nos preparava realmente para o que acontece.
É isso, eu só queria compartilhar as minhas impressões sobre este livro incrível. Se você gostou de Pequenos incêndios por toda a parte, vai amar essa leitura aqui!