Garoto rato. Estranho. Monstro. Freddy Krueger. E.T. Cara de lagarto. Mutante.
Conheço os apelidos que me dão. Já estive em parquinhos suficientes para saber que
crianças podem ser cruéis. Eu sei, eu sei, eu sei.
Conheço os apelidos que me dão. Já estive em parquinhos suficientes para saber que
crianças podem ser cruéis. Eu sei, eu sei, eu sei.
August Pullman nasceu com disostose bucomaxilofacial e uma falta de sorte inacreditável. Ele foi ‘sorteado’ na loteria genética e nasceu com o rosto desfigurado, a exemplo de Rocky, no filme Marcas do Destino. Auggie – apelido de August – passou por inúmeras cirurgias em sua vida e contra a incredulidade dos médicos, que tinham certeza que ele não sobreviveria, ele ficava mais forte a cada procedimento cirúrgico. Mas isso afetou sua vida social (como se o fato do seu rosto não fosse problema por si só) e ele estudava em casa. Agora, com 10 anos, e indo para o 5º ano, seus pais tomaram uma decisão: ele precisa ir para uma escola, estudar e interagir com outros colegas de sua idade. Como será que Auggie reagirá a isso?
Coloque-se no lugar de Auggie: 10 anos, indo para a escola pela primeira vez, para um local que ninguém o conhece, só isso bastaria para dar um medinho; agora, some isso ao fato de seu rosto não ser como as pessoas esperam e você observar o horror com que elas te olham, aquele olhar de surpresa e depois, quase sempre, de repúdio. Não é fácil, mas Auggie está acostumado (já que nasceu assim e constantemente observa essas mesmas expressões quando anda na rua), mas isso não quer dizer que dói menos.
No começo, as meninas riem dele e os garotos soltam piadinhas, mas alguns parecem gostar dele e até sentam-se ao seu lado. A escola, afinal, não é tão ruim assim. A história de Auggie é narrada por ele próprio e por outros personagens, como se o livro fosse dividido em partes e cada um tivesse sua própria voz, e é nesses capítulos que vamos conhecer os personagens secundários e importantes da vida de Auggie, como Summer e Jack, colegas da escola, sua irmã Via e até mesmo o namorado dela, Justin. Há outro personagem que não fala, mas é tão importante quantos os outros, a cadelinha Daisy. Daisy é a única que nunca se importou com a aparência de Auggie, pois como disse Antoine Saint-Exupéry “o essencial é invisível aos olhos”. As passagens com Daisy são umas das mais emocionantes dessa linda e comovente história. No hotsite do livro, a autora fala sobre os personagens e também, do curioso fato, do por que os capítulos do Justin serem escritos apenas com letras minúsculas.
Uma das melhores perspectivas do livro é a de Via, irmã de August. Desde que ele nasceu tudo foi focado nele. Seus pais não podiam comparecer às suas apresentações no colégio, porque ou Auggie faria cirurgia, ou estava no médico, ou ficaria sozinho em casa. Tudo era sempre Auggie em primeiro lugar e desde cedo ela aprendeu a fazer as coisas sozinhas, como aprender fração pela internet ou como consertar seus brinquedos... E, apesar de amar muito Auggie, ela está entrando no ensino médico e tanta coisa mudou e ela precisa mais do que nunca de sua mãe, que está sempre ocupada com Auggie. Seus sentimentos estão confusos, ela conheceu um garoto por quem está gostando, irá participar de uma peça na escola e, por ser uma escola nova, todos gostam dela. Finalmente ninguém está apontando o dedo para ela e dizendo: é aquela a irmã do deformado. Mesmo se sentindo horrível e chorar por isso, ao mesmo tempo ela está feliz por se sentir comum. A autora dá voz a Via e que voz!!! Todos os personagens são fortes e tem sua parcela marcante na vida de Auggie.
E sabe qual o mais legal? Esse é um livro para todas as idades, para um pai ler com o filho, para um professor recomendar na sala de aula, para você ler com seus pais. É o livro perfeito para compartilhar.
Coloque-se no lugar de Auggie: 10 anos, indo para a escola pela primeira vez, para um local que ninguém o conhece, só isso bastaria para dar um medinho; agora, some isso ao fato de seu rosto não ser como as pessoas esperam e você observar o horror com que elas te olham, aquele olhar de surpresa e depois, quase sempre, de repúdio. Não é fácil, mas Auggie está acostumado (já que nasceu assim e constantemente observa essas mesmas expressões quando anda na rua), mas isso não quer dizer que dói menos.
No começo, as meninas riem dele e os garotos soltam piadinhas, mas alguns parecem gostar dele e até sentam-se ao seu lado. A escola, afinal, não é tão ruim assim. A história de Auggie é narrada por ele próprio e por outros personagens, como se o livro fosse dividido em partes e cada um tivesse sua própria voz, e é nesses capítulos que vamos conhecer os personagens secundários e importantes da vida de Auggie, como Summer e Jack, colegas da escola, sua irmã Via e até mesmo o namorado dela, Justin. Há outro personagem que não fala, mas é tão importante quantos os outros, a cadelinha Daisy. Daisy é a única que nunca se importou com a aparência de Auggie, pois como disse Antoine Saint-Exupéry “o essencial é invisível aos olhos”. As passagens com Daisy são umas das mais emocionantes dessa linda e comovente história. No hotsite do livro, a autora fala sobre os personagens e também, do curioso fato, do por que os capítulos do Justin serem escritos apenas com letras minúsculas.
Uma das melhores perspectivas do livro é a de Via, irmã de August. Desde que ele nasceu tudo foi focado nele. Seus pais não podiam comparecer às suas apresentações no colégio, porque ou Auggie faria cirurgia, ou estava no médico, ou ficaria sozinho em casa. Tudo era sempre Auggie em primeiro lugar e desde cedo ela aprendeu a fazer as coisas sozinhas, como aprender fração pela internet ou como consertar seus brinquedos... E, apesar de amar muito Auggie, ela está entrando no ensino médico e tanta coisa mudou e ela precisa mais do que nunca de sua mãe, que está sempre ocupada com Auggie. Seus sentimentos estão confusos, ela conheceu um garoto por quem está gostando, irá participar de uma peça na escola e, por ser uma escola nova, todos gostam dela. Finalmente ninguém está apontando o dedo para ela e dizendo: é aquela a irmã do deformado. Mesmo se sentindo horrível e chorar por isso, ao mesmo tempo ela está feliz por se sentir comum. A autora dá voz a Via e que voz!!! Todos os personagens são fortes e tem sua parcela marcante na vida de Auggie.
E sabe qual o mais legal? Esse é um livro para todas as idades, para um pai ler com o filho, para um professor recomendar na sala de aula, para você ler com seus pais. É o livro perfeito para compartilhar.
Toda pessoa deveria ser aplaudida de pé pelo menos uma vez na vida, porque todos nós vencemos o mundo. - Auggie
Extraordinário, de R. J. Palácio (Intrínseca, 320 páginas, R$ 24,90), é uma história de superação e coragem, mas, sobretudo sobre como não devemos ser preconceituosos, nem praticar bullying. Adorei a realidade que esse livro transmite, a autora fala sobre pais que não aceitam um determinado tipo de aluno na escola, por ele não se ajustar ao padrão (mesmo ele não precisando de necessidades especiais), sobre como as crianças podem ser maldosas, como quão difícil e complicada é a vida dos pais de crianças portadoras de alguma síndrome e como o amor simplifica as coisas (claro, não da forma rasa que estou descrevendo). Extraordinário mexe com o coração! É impossível ficar apático com essa leitura.
Extraordinário é simplesmente E-X-T-R-A-O-R-D-I-N-Á-R-I-O. Prepare-se para rir, chorar e se apaixonar por Auggie.
Extraordinário é simplesmente E-X-T-R-A-O-R-D-I-N-Á-R-I-O. Prepare-se para rir, chorar e se apaixonar por Auggie.
- Coragem. Bondade. Amizade. Caráter. Essas são as qualidades que nos definem como seres humanos e acabam por nos conduzir à grandeza. E é disso que se trata a medalha Henry Ward Beecher: reconhecer a grandeza. Mas como fazemos isso? Como podemos mensurar algo como a grandeza? Mais uma vez, não há uma régua. Como nós a definimos? Bem, Beecher, de fato, tem uma resposta.
Ele pôs os óculos de novo, folheou um livro e começou a ler:
- “A grandeza”, escreveu Beecher, “não está em ser forte, mas no uso correto da força... Grande é aquele cuja força conquista mais corações...”
Ele engasgou mais uma vez, de repente. Antes de continuar, levou dois dedos aos lábios por um segundo.
- “Grande é aquele cuja força conquista mais corações pela atração do próprio coração.”
P.S.: Se minha resenha ainda não lhe convenceu a ir ler esse livro os dados abaixo, provavelmente, irão : )
• Para espalhar a mensagem de Extraordinário, Palacio iniciou uma campanha antibullying no site www.choosekind.tumblr.com, da qual milhares de crianças já participaram.
• Extraordinário foi listado entre os melhores lançamentos de 2012 pelos mais expressivos veículos norte-americanos, entre eles Publishers Weekly, Kirkus Reviews, Booklist e School Library Journal.
• Primeiro lugar na lista de best-sellers do New York Times, foi eleito pelo jornal como Livro Notável do ano.
• É divertido, tocante e repleto de referências à cultura pop, como Star Wars, Halo e David Bowie.
“Uma rara história com o poder de abrir os olhos — e corações — para o que é ser julgado por algo incontrolável, quando tudo o que se quer é ser mais um na multidão.”
Publishers Weekly
“Uma história memorável de gentileza, coragem e maravilhamento.”
Kirkus Reviews
• Primeiro lugar na lista de best-sellers do New York Times, foi eleito pelo jornal como Livro Notável do ano.
• É divertido, tocante e repleto de referências à cultura pop, como Star Wars, Halo e David Bowie.
“Uma rara história com o poder de abrir os olhos — e corações — para o que é ser julgado por algo incontrolável, quando tudo o que se quer é ser mais um na multidão.”
Publishers Weekly
“Uma história memorável de gentileza, coragem e maravilhamento.”
Kirkus Reviews
“Um belo livro, que vai fazer pensar.”
School Library Journal
“Palacio criou um divertido livro repleto de personagens pelos quais você não consegue deixar de torcer.”
Entertainment Weekly
“O que torna a estreia de R. J. Palacio tão impressionante e tão bonita é a generosidade incomum com que ela conta a vida de Auggie. O resultado é uma história de transformação, bela, divertida e, às vezes, triste.”
The Wall Street Journal