- Win tem mãe?

- Sim.

Pausa.

- Lá se vai minha teoria de que ele tinha nascido de um ovo satânico.

- Ha-ha.

Em O Preço da Vitória (Arqueiro, 256 páginas, R$ 24,90), o 4º livro da famosa série Myron Bolitar, Coben nos leva a conhecer a vida nos campos de golfe, um esporte não muito familiar para Myron, que foi jogador de basquete até ter sua carreira encerrada por um problema no joelho, passando então a trabalhar como agente esportivo, juntamente com seu parceiro e inseparável amigo Win. 

Bolitar decide assistir ao campeonato de golfe, a convite de Win, aproveitando a oportunidade para tentar conseguir novos clientes. No meio do campeonato ele é procurado pelo pai de Linda, a número 1 no ranking de golfe, que pede sua ajuda para solucionar o desaparecimento de Chad, filho de Linda. 

Jack, pai de Chad, passou 23 anos numa carreira medíocre, tentando obter sucesso como golfista. E quando finalmente começa a virar o jogo e tem essa possibilidade nas mãos, no Aberto dos Estados Unidos, o sumiço de seu filho acaba sendo uma ameaça definitiva à sua carreira.

A princípio, a família suspeita que o garoto foi sequestrado há 2 dias, mas Myron começa a achar que Chad desapareceu por vontade própria, simulando seu próprio sequestro, e começa a buscar pistas que possam solucionar o caso.

O problema é que dessa vez Myron não contará com a ajuda de Win. Quando descobre que foi sua mãe (com quem não fala há anos e está à beira da morte) quem recomendou Myron para investigar o caso, Win decide não cooperar. O motivo? Linda é uma espécie de prima-irmã e, por problemas do passado, ele prefere se manter distante da sua família.

Neste livro, conhecemos mais sobre o passado de Win, sua infância, seus problemas familiares, e foi possível compreender melhor o que o levou a se tornar um homem de aparência fria e calculista. 

Esperanza, uma das minhas personagens preferidas da série, tem bastante destaque e me divertiu, como só ela sabe fazer.

Como todo livro de Harlan Coben, quando tudo começa a fazer sentido, um novo fato surge e nos leva a estaca zero. É exatamente isso que torna suas histórias tão instigantes e viciantes!

CLÁUDIA VASCONCELOS