"Seja como você for fisicamente – disse ele –, homem ou mulher, forte ou fraco, doente ou saudável, tudo isso importa menos do que o que há em seu coração. Se tiver a alma de um guerreiro, você é um guerreiro. Independentemente da cor, da forma, do tom que a envolve, a chama do lampião permanece a mesma. Você é a chama."
Anjo Mecânico é o primeiro volume de uma trilogia onde a autora Cassandra Clare nos apresenta mais um pouco sobre o mundo que deu origem a série Instrumentos mortais. A trilogia é uma spin-off, mas que se passa na Londres de muitos anos antes do nascimento de Jace e Clary de IM, é quase um prólogo da série da qual foi originada. E tem como seus protagonistas os apaixonáveis Tessa Grey, Will Herondale e Jem Carstais.
Antes de discorrer mais sobre o livro preciso confessar algo: eu não li essa trilogia logo quando saiu, esperei que todos os três tivessem sido lançados para não ficar ansiosa (sofro com séries que a continuação leva tempo para ser lançada). E no fundo eu estava tão empolgada com Instrumentos mortais que tive receio de não gostar de Peças infernais, no final das contas isso resultou ter sido a decisão mais acertada, porque ao deixar passar esse tempo tive oportunidade de aproveitar do livros em sua totalidade. Me apaixonei pela série e por seus personagens, por Will então... Tive que esperar algumas semanas para postar a resenha ou somente falaria de Will aqui ... Com certeza todos os leitores ao terminar Peças Infernais se perguntarão: Como não amar Will Herondale?
Agora saindo do meu momento confissão e tiete, vamos voltar ao livro.
A Tessa Grey até então é uma humana que vive sua vida normal, quando precisa se mudar para Inglaterra depois da morte de sua tia com quem convivia, para supostamente encontrar seu irmão Nathaniel, agora seu único familiar vivo. Ao chegar a Londres Tessa é recebida não por seu irmão e sim por duas senhoras que afirmam serem amigas de seu irmão e que foram buscá-la a seu pedido. Mas na verdade Tessa passa a viver em um cativeiro, pois essas duas senhoras que na verdade são feiticeiras estão interessadas no poder que Tessa possui e nem imaginava. Ela é obrigada a praticar esse poder em troca de manter a vida de seu irmão segura, até ser salva por Will e Jem.
Agora saindo do meu momento confissão e tiete, vamos voltar ao livro.
A Tessa Grey até então é uma humana que vive sua vida normal, quando precisa se mudar para Inglaterra depois da morte de sua tia com quem convivia, para supostamente encontrar seu irmão Nathaniel, agora seu único familiar vivo. Ao chegar a Londres Tessa é recebida não por seu irmão e sim por duas senhoras que afirmam serem amigas de seu irmão e que foram buscá-la a seu pedido. Mas na verdade Tessa passa a viver em um cativeiro, pois essas duas senhoras que na verdade são feiticeiras estão interessadas no poder que Tessa possui e nem imaginava. Ela é obrigada a praticar esse poder em troca de manter a vida de seu irmão segura, até ser salva por Will e Jem.
“…Ninguém no mundo que se importasse se estava viva ou morta. Às vezes, o horror desse pensamento ameaçava dominá-la e empurrá-la para uma escuridão sem fim da qual não retornaria. Se ninguém no mundo se importa com você, você sequer existe?”
Não há como não comparar Tessa com Clary e ver que a primeira é muito mais forte, curiosa e corajosa que a Clary. Em muitos blogs e resenhas vi a Tessa também ser definida como decidida e nesse ponto tenho que discordar, pois achei ela extremamente indecisa sobre pontos cruciais de sua vida, principalmente no quesito amoroso e talvez essa decisão por qual tantas vezes foi elogiada, seja mais uma questão de teimosia, no que se refere a quando ela quer fazer algo e não desistir até conseguir fazer. E para ser sincera essa teimosia por muitas vezes me deixou irritada e entediada. Ainda não entendo como as autoras fazem os mocinhos tão apaixonáveis e pecam na personalidade de suas mocinhas.
Ah! Algo que não posso deixar de comentar, é que a Tessa é uma leitora ávida e para nós que somos viciados (a) é inevitável a identificação nesse ponto. E ela encontra em Will um parceiro literário a altura que possui uma memoria fotográfica e já leu vários livros em comum com Tessa.
Ah! Algo que não posso deixar de comentar, é que a Tessa é uma leitora ávida e para nós que somos viciados (a) é inevitável a identificação nesse ponto. E ela encontra em Will um parceiro literário a altura que possui uma memoria fotográfica e já leu vários livros em comum com Tessa.
E falando um pouco mais sobre esses personagens que dividem as outras duas pontas principais dessa trilogia com a Tessa, temos o jovem caçador de sombras Jem Carstais. Amigo e parabatai (não leu Instrumentos Mortais ainda? Não sabe o que é isso? Lá embaixo eu explico.) de Will, ele é órfão, culto, doce, atencioso, maduro, (qualidades não faltam para defini-lo) o único realmente entende Will. Logo nas suas primeiras cenas, nos parece que Jem não está bem de saúde e ao longo do livro vamos desvendando seus segredos.
Já Will Herondale é também um jovem caçador de sombras que tem um humor ácido maravilhoso, ousado, impulsivo e arrogante. Me encantou desde sua primeira cena e juntamente com Jem formam uma dupla incrível de caçadores, a amizade deles é simplesmente preciosa e emocionante. O Will me lembrou muito Jace, repito que não há como não fazer a relação, mas apesar de terem muita semelhanças, as suas diferenças tornam eles únicos. Will apesar de ser sombrio como Jace tem uma fragilidade que o torna sensível aos nosso olhos e especial por esse mesmo motivo.
“Às vezes, quando tenho que fazer alguma coisa que não quero, finjo ser personagem de algum livro. É mais fácil saber o que eles fariam.”
Nesse livro conhecemos mais um pouco sobre esse mundo introduzido na serie anterior de Cassandra, muitos detalhes são explicados e novos personagens bem legais surgem, como a Coordenadora do Instituto de Nova York, Charlotte, e seu marido Henry, um caçador de sombras que é muito mais um inventor. Esses personagens secundários são muito presentes e atuantes no livro, como é uma característica da Cassandra: não focalizar somente na vida do protagonistas, mas também dos outros personagens que nos despertam curiosidade e afeto. Em Anjo mecânico e ao longo de toda trilogia, veremos que os Caçadores de Sombras estão passando por uma época conturbada e difícil, onde os Acordos que governam os integrantes do Submundo foram estabelecidos a pouco tempo e eles seguem tentando manter as regras. O vilão que parece que teremos que lidar nessa trilogia é o Magistrado, personagem enigmático que parece ser o causador e responsável por vários fatos que acontecem a Tessa e outros personagens da trama.
O ritmo do livro é bem instigante, tudo nele te seduz: o cenário gótico, as roupas da época vitoriana ( adoro livros com toque históricos) os modos e costumes utilizados na época, as boas maneiras que são raras hoje em dia. Além disso, a cada página surge algo novo para conquistar nossa curiosidade, tudo que é lido faz um sentido, seja algo mostrado no primeiro capitulo e que só nos traz uma resposta no décimo. A Cassandra mais uma vez mostra que é uma ótima escritora e já me torna fã de mais uma série sua já nesse primeiro livro. Passei boa parte da leitura procurando um sentido para o que aconteceu no “futuro”, em Instrumentos Mortais, ligando sobrenomes e personagens, é muito legal isso.
Apenas algo não me convenceu em Anjo mecânico (quem me conhece sabe disso) e não me atrai em nenhum livro é o bendito e tão utilizado triangulo amoroso. Não consigo gostar desse tema, não consigo conceber que você possa gostar de duas pessoas ao mesmo tempo, da mesma forma a ponto de não saber com qual gostaria de ficar. Quando iniciei a leitura, procurei não pesquisar muito sobre a trilogia para não ter ideias pré-concebidas, consequentemente não sabia que esse tema seria tratado na serie, pois se soubesse com certeza já iria ler com certa cautela. E até então é a crítica negativa que tenho, pois um casal para mim já possui fatores demais para conflitos em um livro, sem necessariamente precisar de um terceiro envolvido.
No ponto de vista geral o livro é muito bom e super recomendo! E uma sugestão para quem não leu a série Instrumentos mortais, e mesmo assim quer se aventurar no mundo de Peças Infernais, é que aconselho ler pelo menos Cidade dos Ossos, porque mesmo que essa trilogia fale mais sobre esse mundo dos caçadores e explique fatos que na série anterior não tenha explicado, Cidade dos Ossos te introduz melhor nesse universo criado pela Cassandra do que essa trilogia.
O mais breve possível irei resenhar o Príncipe Mecânico, e vamos saber mais sobre esses personagens e a eminente guerra que parece prestes a ocorrer.
O mais breve possível irei resenhar o Príncipe Mecânico, e vamos saber mais sobre esses personagens e a eminente guerra que parece prestes a ocorrer.
“E ainda assim eu tive a fraqueza, e ainda tenho a fraqueza, de desejar que você saiba com quão maestria repentina você me acendeu, pilha de cinzas que sou, em fogo.” Will
*Parabatai é o termo utilizado para designar um par de Caçadores de Sombras que lutam juntos. Esses Caçadores são parceiros e particularmente muito próximos um do outro, com uma forte relação de cumplicidade e amizade, dispostos até mesmo a dar a sua vida pelo outro. Caçadores de Sombras só podem escolher um parabatai para toda a vida, mesmo se seu parceiro morrer e a escolha deve ser feita antes de completarem 18 anos.
As runas feitas por um parabatai são mais potentes que aquelas feitas por outro Caçador. Além disso, há algumas runas especiais que podem ser usadas apenas por parabatais.É proibido que dois parabatais se apaixonem, se isso acontecer, eles devem ser separados. A maioria dos Caçadores de Sombras não têm parabatai, então não é algo muito comum ou obrigatório em sua sociedade. Em Instrumentos Mortais Alec e Jace são Parabatais, assim como Jem e Will. Fonte: alguns sites de fã clubes das séries.