Muitos gostam de dizer por aí que o ano começa apenas depois que o carnaval termina. Não acredito muito nessa filosofia não, mas ironicamente estou postando uma resenha exatamente depois do carnaval, quando "o ano/a vida começa de verdade". Não foi proposital, apenas uma consequência. Deixa eu parar de falar abobrinhas e começar a falar o que realmente importa, que é sobre o livro Minha Vida Mora Ao Lado ( Editora Valentina, 2015), acho que vocês já o conhecem do Instagram do Menina, ele tem uma capa tão linda que dá até ânimo pra ler, continuar lendo e mesmo depois de terminar a leitura, ficar apenas admirando.
Quando eu li a sinopse fiquei apaixonada, devido a uma série de fatores, mas a mais determinante com certeza foi sobre se passar no verão e o casal protagonista viverem um romance proibido. "Porque as Reeds não se misturam com os Garretts" foi frase que a Samantha mais ouviu desde quando os Garretts se mudaram para casa vizinha. E com isso foram anos observando-os a distância.
Até que um belo dia, porque sempre há esse belo dia, o caminho da Samantha se cruza com o do Jase de forma leve, descontraída que nos fazem acreditar que estamos dentro da cena também. Bom, tanto o Jase quanto a Samantha fazem parte de mundos diferentes, ele vem de uma família grande sendo oito irmãos e os pais, ou seja dez pessoas. Já Samantha, não conheceu o pai e cresceu só com a mãe e a irmã mais velha, Tracy. Elas vivem da herança que a mãe recebeu, no luxo. Enquanto os Garretts se viram com a loja de materiais que tem. E esse é um dos motivos pelo qual Grace Reed nunca quis que suas filhas se aproximassem da família ao lado.
A melhor parte da história é que ela não gira em torno apenas do casal principal, embora tenha o ponto de vista apenas da Sam, todas as pessoas que fazem parte da vida deles e os problemas familiares que os cercam tem seu espaço na história. Bem como se todos fossem uma família tentando se ajustar no mundo. À priori a gente pensa que o livro vai ser mais um clichê adolescente e blá blá blá, mas aí as páginas vão virando e você fica: "Aaaai Senhor, não posso parar, mas preciso parar, preciso dormir, preciso sair..." Nesse nível aí, ainda mais que coisas acontecem ao longo dos capítulos que eu não posso e nem vou falar, porque vocês já sabem o esquema. Mas eu fiquei em choque, gritei de desespero. Vocês não tem noção da sensação, aliás quem for ler/já leu, vem comentar compartilhar comigo esse sentimento, por favor!!
Enfim, depois desse meu pico de adrenalina, quero dizer que Huntley Fitzpatrick já entrou na lista das minhas autoras preferidas, tanto que eu li até os agradecimentos, que é uma parte que eu raramente leio e fiquei mais ainda apaixonada pela delicadeza dela com as palavras e principalmente com o marido dela que acreditou em seu talento, antes mesmo dela começar a escrever de verdade. Achei inspirador.
Bom pessoas, espero que tenham gostado e ainda me atrevo a dizer que ler esse livro foi a melhor válvula de escape durante o carnaval. Então, é isso.
Um beijo enorme e até a próxima.